A Câmara Municipal de Alcácer do Sal possui dois galeões do sal, embarcações tradicionais praticamente únicas no mundo já que das quinze que se pensa terem sobrevivido até hoje poucas se encontram a navegar e, ainda menos, no nosso país, de onde são originárias. O Amendoeira e o Pinto Luísa são pois testemunhas singulares desse passado em que o Sado era o principal motor económico da região, repleto de embarcações que transportavam mercadorias e gentes.
Os dois galeões recordam também a importância do sal na história de Alcácer, batizada de Salácia Urbs Imperatoria pelos romanos, assim homenageando esse “ouro branco” que, até ao final do século XVIII, tinha nesta região a sua maior produção nacional.
As primeiras embarcações de carga terão resultado da conversão de pequenos barcos de pesca em galeões de transporte de sal. Com as devidas adaptações, o galeão apresentava o seu casco alongado para melhor navegação fluvial, popa ogivada com leme por fora e roda de proa quase vertical. O convés era corrido com duas grandes escotilhas para carregamento de sal.
Este tipo de transporte fluvial manteve-se até aos anos 70, dada a localização das salinas e a inexistência de vias alternativas terrestres. Desde então muitas destas embarcações ficaram esquecidas nas margens do rio e acabaram por apodrecer ou naufragar.
Em Alcácer do Sal é hoje possível navegar nestes invulgares elementos da identidade das terras sadinas.
Galeão Amendoeira
Esta embarcação tradicional tem 18,84 metros de comprimento e lotação de 50 pessoas. Foi construída em 1925, na praia da Saúde, em Setúbal, por Artur Santos.
Pertenceu inicialmente à firma “Manuel Francisco Afonso Herdeiros Lda.”, operando como embarcação de tráfego local. Foi adquirido em 1972 pela empresa “Unisado – União Salineira do Sado, lda”, que vendeu o galeão, em 1984, a Henri Frank van Uffelen Elisabeth. Este submeteu-o a obras de reconversão.
Em 1997 foi sujeito à retirada de alguns dos seus elementos descaracterizadores.
Em 2004 foi adquirido pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Naufragou no ano seguinte junto à praia “dos Fuzileiros”, em Troia, só regressando a casa em 2007 depois de uma complexa operação de resgate e do seu total restauro, com substituição do cavername, aparelhagem, motor, instalação elétrica e modernização dos sistemas de segurança.
Galeão Pinto Luísa
Construído em Setúbal em 1946, este galeão mede 19,30 metros e tem uma lotação de meia centena de pessoas. Deve o seu nome ao primeiro proprietário, o sr. Pinto que, ao batizar a embarcação, ao seu nome acrescentou o da sua filha, Luísa.
Foi adquirido por Carlos Bicha, de Alcácer do Sal, que o utilizou para transporte nomeadamente de sal, até que em 1985 Venâncio Bicha, neto do anterior proprietário, o converteu em embarcação de lazer.
Em 2003 foi adquirido pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal que, em 2006, iniciou uma intervenção de recuperação global de forma a oferecer as melhores condições de segurança e conforto.
Para saber como passear num destes galeões, consulte Turismo
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